História da África:
Ao pensar na áfrica, vem
em nossa mente varias coisas. O aluno deve abrir sua mente e seu coração, pois
há muitos equívocos que as pessoas pensam quando falam sobre África. Devemos
acabar com esses equívocos e apagar no subconsciente de muitos indivíduos, as
informações errôneas a respeito desse continente, e como também, temos que
evitar todas as visões e opiniões de pessoas que não estão envolvidas numa
pesquisa onde a busca da verdade é primordial em se tratando sobre os estudos
africanos, pois muitas dos assuntos que escrevem e falam da áfrica não são
verdades.
Os europeus não foram os
primeiros a escravizar os africanos, pois já havia um comercio muito lucrativo,
e como também, sempre houve uma pratica de escravismo desde que os homens
começaram buscar poder, gloria e domínio, considero isso uma herança mundial do
homem, pois desde do principio do mundo o vencido de guerra era submetido à
escravidão, e como em todo planeta, a
submissão aos trabalhos forçados e o
escravismo, também aconteceram no continente africano.
A África tem a extensão
de 3 milhões de km2. O Saara era um grande terreno fértil na antiguidade, com o
aumento do deserto, os povos dividiram-se, e desses povos que foram dispersos,
surgiu o grande Império egípcio. Havia muito comercio na áfrica no ano 500
antes de Cristo, e muitas tribos africanas faziam sacrifícios humanos em seus
rituais religiosos. Muitas civilizações e etnias africanas desapareceram
durante o tempo.
O povo chamado Massai,
tinha o costume de reconhecer o rico entre eles quando este possuía rebanho.
Muitas sociedades e Impérios africanos eram de altíssima cultura. A áfrica não
é e nunca foi conhecida pelo o ocidente, em outras palavras, a Áfricas foi
deformada pelos europeus.
Não se deve em hipótese
nenhuma falar ou escrever que a África e negra, é uma afirmação totalmente
ignorante. A África é sim, um berço de miscigenação, a miscigenação é uma
condição humana. A explicação para a grande quantidade de negros na África está
na biologia. Houve um momento que o homem tinha a necessidade de possuir muitos
pêlos no corpo para se protege do frio, hoje, a melanina é uma forma de
proteção contra o sol. O homem evolui, tanto é, que o dente siso em alguns
seres humanos não estar sendo necessário, muitas pessoas fazem cirurgia para
abrir a gengiva e retira o dente siso que não é mais necessário ao ser humano.
Nas sociedades africanas é muito necessário saber a descendência, saber sua
raiz. A etnia brasileira foi feita na colonização, na construção colonial. O
branco, o negro e o Índio se misturaram, nossa origem é plural. (somente o
índio é uma etnia).A visão estereotipada é uma visão pré-colonial.
Opiniões totalmente fora de
qualquer verdade :
A)
Considerar as sociedades africanas como sociedades sem
organização política, cultural, religiosa, étnica, como se não fossem nações
organizadas;
B)
Imaginar que os povos africanos não se comunicavam
dentro do continente; Os povos africanos faziam comunicações políticas e
casamentos com outros reinos, havia um modelo de embaixada;
C)
Considerar equivocadamente afirmar que não havia
escrita entre os povos africanos, afirmando que as tradições eram transmitida
por via oral;
D)
Acreditava que a África nunca estivesse integrado aos
espaços econômicos mundial
E)
Entender que o fenômeno da miscigenação é algo típico
da sociedade colonial brasileira.
Os africanos tinham o
conhecimento de valor de uma mercadoria, tinha relações comerciais e faziam
casamentos e acordos. Havia também funcionários palacianos que eram
responsáveis por registros da vida dos monarcas e o registro do cotidiano.
Havia alfabeto e dialetos. E há muitos documentos que ainda não foram
traduzidos, pois ainda não se sabe o dialeto que usavam. Ainda mais, na
religião Muçulmana, é obrigatório o crente africano ler o Alcorão. O comercio
não é uma invenção européia, houve comercio no mundo todo. Em todo o território
do planeta existe a miscigenação.
Existe uma questão muito
delicada, a questão da identidade do povo africano. Ainda há lutas entre as
etnias por causa de fronteiras, pois essas limitações não foram estabelecidas
pelos africanos e sim pelos europeus. Dentro do país de Chade há cercas de 5
etnias diferentes que se reconhecem como reinos independentes uns dos outros. O
africano não aceita bem outro africano, se ele não for de sua etnia ou tribo,
família ou costume.
Comentários: o único povo que
recebe bem o estrangeiro é o brasileiro.
Não faz nenhum sentido a
idéia de Estado para o africano. O que importa é a etnia e a língua de que você
pertence. A geografia atual e as fronteiras no mapa, é uma imposição da ONU. O
Africano entende território como lugar de identificação com sua herança e
descendência. O problema para o africano, não é a cor da pele e sim a língua e
a etnia. Na África o brasileiro é reconhecido como estrangeiro, mesmo que o
brasileiro seja de cor da pele negra. O negro, (não africano) que for a África
será sempre mal recebido por causa de sua identidade estrangeira. O africano
não se reconhecer como africano, eles se reconhecem pela a forma de comunica,
pelo costume e pela sua etnia. Não há uma reposta para a pergunta: “o que é ser
africano”, a questão da identidade não faz parte de um continente, e sim de um
local , um lugar de sua descendência.
Partilha da áfrica –
século XIX, os países industrializados dividiram a África. Os europeus
necessitavam de novos territórios para extrair recursos naturais e
comercializar seus produtos (vender para a população que estava dominada).
Carta de Berlin – dividiu oficialmente a África e Ásia.
Comentários:
Em toda a África existe fome. As
imagens de pessoas morrendo de fome, derivam de uma propaganda Anti –
socialista nos anos 1970,1980 e 1990. Hoje está acontecendo à volta das
religiões dos ancestrais (desde dos anos de 1980).
Para compreendermos a
cultura material das sociedades africanas de hoje e do passado, temos que fazer
a seguinte pergunta: quem em põem a imagem que até hoje perdura sobre a África
? Antes de sua “descoberta”, a África era vista como um continente perdido na
obscuridade dos primórdios da civilização, em plena barbaria, onde ainda havia
a luta entre o homem e a natureza. A resposta encontra-se nos livros.
Clã, Hordas e ancestralidade:
característica de sociedades
tradicionais. A visão européia da África
era uma visão da besta selvagem, da fera. Uma outra afirmativa é que na áfrica
não havia sociedades organizadas. Para apagar essa impressão, temos a etnia dos
Bantos, que eram uma grande tribo africana e possuíam grandes reinos.
Os europeus tentaram
destruir os clãs e as linhagens africanas. Os europeus queriam encobrir isso
para não dar sustentação de sociedades organizadas, igualando-as com as sociedades
européias. As chefias africanas eram iguais a dos europeus, havia chefes
austeros, religiosos e calmos e etc.
Sabe-se que a primeira dinastia de Gana, foi registrada em documentos de
origem africana..
Curiosidades:
Muitas experiências foram feitas na África,
experiências como a utilização do vírus ebola e a AIDS (HIV), e por um motivo
ou outro, saiu do controle dos laboratórios.
Conceitos e categorias:
A)
O ser africano não significa uma unidade ou
conformidade, ao contrario, é sinônimo de pluralidade, diversidade e dialética
B)
A idéia de unidade africana data do século XIX e se
sustenta no discurso pan-africanista: um único povo e uma única unidade.
C)
Organização políticas diversas
O ser africano é
sinônimo de pluralidade, diversidade e dialética. A idéia de nação e Estado não
esta na mentalidade do africano, mas sua mentalidade é local. A idéia de
unidade africana é recente, começou no século XIX. Porém, não é possível um só
discurso ou uma unidade, isso porque há muita diversidade política e étnica na
África.
Comentários:
A prática do comercio é antiga,
não foram os europeus que inventaram.
Comentários:
Descolonização da África
aconteceu no século XIX, porém, o inicio da colonização foi no século XVI
A Europa era atrasada em relação
à África, pois não possuía balança comercial favorável, a Europa não tem
recursos naturais para sua auto-sustentação, por causa dessa deficiência, os
países europeus necessitam de expandir seus territórios para conseguir recursos
naturais e explora o mercado colonial.
1)
Antecedentes
-
A expansão marítima – comercial do século XVI:
A primeira fase do
colonialismo na África. Nesse momento surge a necessidade de controlar as rotas
alternativas para o oriente e os novos mercados produtores e consumidores.
Portugal inicia seu processo na primeira metade do século XV, estabelecendo
feitorias, portos e enclaves no litoral africano.
Comentários:
Outra idéia de expansionista: O
branqueamento. As sociedades européias estavam industrializadas e os africanos
não, com isso os europeus se achavam superiores.
Colonização:
Não existe nenhuma
organização política nas colônias portuguesas, exceto em algumas áreas
portuárias, onde era tratado e destinado a assegurar os direitos dos
traficantes de escravos. A obtenção de pedras e metais preciosos e especiarias,
eram feitas pelo sistema de captura de pilhagem e de escambo. Esses métodos
provocam o abandono da agricultura.
Não há organização
política, somente exploração. As organizações são encontradas nas regiões de
comercio. A obtenção de metais preciosos é feita por guerra, à colonização
estrangeira era bélica e violenta, (século XVI e XVII), não havia acordos. Essa
foi à razão para o explorador europeu não iniciar a agricultura. No Século XVI
acontece muita captura (seres humanos para o tráfico), feita por europeus no
litoral africano.
-
A captura e o trafico de escravos dividiram muitas
tribos e etnias e causam desogarnização na vida econômica e social dos
africanos.
-
A partir de meados do século XVI, os ingleses, os
franceses e os holandeses, expulsaram os portugueses das melhores zonas
costeiras para o comercio de escravos.
Século XVIII a África assumem o
sistema capitalista. Os ingleses precisam de recursos naturais e pessoas que
comprem (mercado). A cultura Anglo Saxônia não se mistura com africanos. Na
administração, somente havia ingleses.
-
No final do século XVIII e meados do século XIX, os
ingleses assumem a liderança da colonização africana.
-
Direcionam o comercio para a exportação de ouro, marfim
e animais.
-
Estabelecem novas colônias na costa e passam a
implantar um sistema administrativo centralizado na mão de colonos brancos ou
representantes da coroa inglesa.
O processo de
colonização não é uma ação natural. No século XVI o modelo é explorador e como
também, acontece a miscigenação. No século XIX, entretanto, não aconteceu à miscigenação,
somente desejam (os europeus), recursos naturais e mercados consumidor. Há
guerras, mas acontece muito mais diplomacia e administração.
-
Holandeses se estabelecem na região litorânea, cidade
do Cabo, África do Sul, a partir de 1652.
-
Desenvolveram na região uma nova cultura e formam uma
comunidade conhecida como Africâner ou Bôer. Mais tarde, os Bôer’s perdem o
domínio da região para o reino unido, (Inglaterra), na guerra dos Bôeres.
Comentários:
Os Bôer’s, criaram uma etnia à parte, separada da população
negra, que eram nativo da terra.
II – A Partilha da África:
-
Século XV: as potencias industriais se lançam na
conquista dos territórios africanos em busca de matéria prima, ocupação
territorial, prestigio nacional e recolocação de demografia européia.
-
Presença missionária a serviço das potencias
-
A conferencia de Berlim em 1884/85. “A partilha da
África”.
Comentários:
Para ser branco nos Estados
Unidos, deve-se ser branco na ancestralidade, (não ter ancestrais negros), e
adepto ao protestantismo. Nos EUA, é dividido em guetos, o negro é contra o
branco, os mestiços se separam dos negros e dos brancos e etc. A separação é
praticamente por etnias.
As potencias européias
estão em corrida territorial, procuram os melhores territórios para abastecerem
suas industriais e comercializar. A presença de missionária facilitou a
partilha da África. A ação colonial conta com a presença religiosa. Mais os
africanos continuam com seus ritos antigos. Eles não largaram suas convicções.
Os africanos vão á igreja, mas continuam com suas religiões antigas.
A carta de Berlim –
regulou o comercio, definiu que toda nova dominação deveria ser comunicada,
estabeleceu que as ocupações deveriam ser efetivadas, legalizaram a
representação bélica contra alguma resistência, e a exploração de matérias
primas.
-
resultou numa divisão que não respeitou a história, e
como também, as relações étnicas e mesmo, familiares dos povos do continente
africano.
Comentários:
Países que participaram da Partilha: Espanha, Itália,
França, Reino Unido, Alemanha, Portugal e Bélgica. A conferencia de Berlim foi feita por causa
da Alemanha que exigia possuir territórios para abastecer sua economia. A partilha
de Berlim vai incrementar a guerra entre os europeus.
III- A dominação colonial:
-
Indireta: administração exercida pela autoridade
colônias local.
-
Direta: administração exercida pelo colonizador,
tolerando a presença local em cargos subalternos.
Comentários:
Nas coloniais de povoamento de forma acentuada, propriedades
foram tomadas pelos colonizadores.
O imperialismo se manifesta: expansão, uma burocracia,
(estrutura estatal), colonial, e racismo. Os europeus agiam da forma
imperialista , pois era a solução razoável para a sua prosperidade.
-
Os três pilares que sustentam o imperialismo colonial:
o expansionismo, a burocracia colonial e racismo.
-
Estes pilares justificam a pratica imperialista e
conquistavam adeptos na defesa das suas potencias representantes.
-
Nítido interesse da suspensão das estruturas
tradicionais. “o homem branco como deus dos negros”
A política colonial de assimilação, visava tornar o africano um europeu
civilizado, através do ensino da língua da metrópole, da religião, dos modos e
costumes europeus.
A divisão da sociedade colonial:
-
Civilizados, que gozavam de direitos de igualdade;
-
Assimilados, que tinha alguma representação na colônia;
-
Os Indígenas, que eram fiscalizados e castigados
Curiosidade:
Havia uma mentalidade que todo o
português tinha uma missão na terra de leva a civilização, expansão e a ordem,
(Os portugueses acreditavam que eles seriam o povo escolhido por deus. Nos
séculos XVI e XIX). Missão portuguesa pelo mundo: expansão, cultura e
civilização.
-
A política colonial de diferenciação visava preservar a
cultura da Metrópole e como também, comprovar que o nativo poderia se
desenvolver dentro da cultura européia.
Visava preservar a
cultura da Metrópole para provar que os africanos poderiam ser um cidadão
europeu civilizado. Foi uma tentativa de mostrar que a cultura africana não era
evoluída e civilizada, e como também, era melhor que a africana. Escola
colonial, para os africanos aprenderem o currículo europeu, como o Iluminismo,
o absolutismo e etc. O tiro saiu pela culatra, pois por causa desse
aprendizado, dar-se inicio a resistência africana. Os estudos para os
africanos, possibilitaram a adquirir o conhecimento do europeu, e assim que
eles descobriram que os reis europeus eram de pai para filho, (hereditários),
lembraram de seus antepassados, pois na África a passagem de um rei para outro
era através de pai para filho. Teve muito africanos que foram levados para a
Europa para estudarem, e foi do continente europeu que começou a resistência
africana. Muitos lideres africanos foram para a Europa para estudar. Haviam
tribos africanas que tinha lugares específicos para as crianças estudarem,
antes da cultura européia surgir, estes estudos eram nos palácios e escolas.
O processo de descolonização:
-
A disputa entre as grandes potencias.
-
Modelo de educação colonial motivador das resistências.
-
O eixo geopolítico se volta para o sistema bipolar no
final dos anos de 1940
-
Processo de libertação feitos por acordos ou revoltas.
O que motivava a expansão? A
economia, mesmo com a Carta de Berlim, não havia harmonia entre as nações
européias, isso vai contribuir com o processo de descolonização. Com a 1a
e 2a guerras mundiais a Europa se desgasta muito em termos financeiros
e como também, em temos civilizatórios, pois os africanos viram que não havia
civilização entre as nações européias. A educação africana proporcionada pelos
os europeus foi um tiro no pé dos colonizadores estrangeiros.
Surge depois da 2a
guerra mundial, duas grandes potencias EUA e URSS, pois os europeus saem da
guerra sem recursos financeiros e falidos. Neste mesmo tempo, começa o processo
de libertação nos anos 1950 em Botsuana, porém, não houve guerra para sua
independência.
Movimentos anticolonialistas:
O mundo se dividiu em
dois blocos: Bloco ocidental faz um acordo e criam a OTAM, liderada pelos
Estados Unidos; bloco oriental celebra um acordo e criam o pacto de Varsóvia,
liderada pela a extinta União Republicas socialistas Soviéticas. Ma em 1955, em
Bandung, na Indonésia, um movimento de não aliados que não admitiam
intervenções de nenhuma potencia mundial.
-
Os movimentos anticolonialistas tomaram impulso após a
conferencia afro-asiático realizada em Bandung, na Indonésia em 1955, reuniram
24 países asiáticos e africanos.
-
Eles proclamaram o principio do não alinhamento
automático ao lado das novas potencias emergentes, EUA URSS, e defendem o
direito de autodeterminação dos povos.
Alguns Casos:
-
Gana, em 1957, (sua independência), sobre a liderança
de Kueme Nkrumah e Jano Kenyartta.
-
Congo Belga fica independente em 1960
-
O caso de Portugal : Acreditava, que eram escolhidos
por deus para leva avante uma missão de colonização e evangelização.
-
Sustento no ultracolonialismo
Comentários: Portugal resiste em
dar a independência aos países africanos, pois os portugueses estavam na África
á mais tempo que o resto dos europeus.
Moçambique:
Independência de Gana em
1957, foi feita por intelectuais que pensaram a independência; esse movimento
rachou em dois grupos, no principio eles tinham o mesmo objetivo, expulsar
Portugal, depois os dois grupos não se entenderam mais.
-
Frente de libertação de Moçambique, chamados de
FRILINO, vencem num primeiro momento, financiados pela URSS.
-
Resistência Nacional Moçambicana, RENANO, financiada
pelos Estados Unidos.
Mesmo com essa suposta união por
algum tempo, ainda sim, acontecia guerras entre etnias africanas locais.
Angola:
-
Independência em 1975
-
Movimento popular de libertação de Angola, chamado de
MPLA, organizada sua resistência em Angola, Portugal e França, financiada pela
URSS e Cuba.
-
União nacional para a independência total de Angola,
chamada de UNITA , financiada pelos EUA, China e África do Sul.
Curiosidades:
Os Estados Unidos da América era
a favor do Apartaite; O MPLA, vence e torna-se socialista; Cabinda, um
território dentro de Angola, doado por Portugal, tem conflito, pois os
moradores de Cabinda não aceitam serem chamados de angolanos, ainda mais, em
Cabinda existe muito petróleo.
África pós-colonial
Moçambique e Angola: Devemos
considerar as heranças colônias deixadas pelos os estrangeiros.
Comentários da professora:
Classificar e qualificar são
palavras bem diferentes, exemplo: a comunidade negra, essa frase reconhecer e
não descriminam, essas palavras qualificam; Quando se classifica, você rotula,
exemplo: os preguiçosos, o favelado, o
macaco, o negro e etc.
1)
Crise do colonialismo europeu:
Acontece uma queda de poder
econômico na Europa após a II guerra. Neste momento a África esta mergulhada
nos problemas sociais e submissão econômica. Pois acontece um declínio da
centralidade após a II guerra. A África mergulha nos reflexos da escravidão do
colonialismo, destruturação dos sistemas sociais internos e submissão
econômica. Com isso, acontece o crescimento de vários movimentos democráticos
anticolônias. Outros fatores que contribuíram foram: a ascensão da URSS que
enfraqueceu o império ocidental; os EUA financiam alguns paises africanos a
serem independentes para conter o avanço da URSS com a ideologia comunista. E
como também, a URSS via na descolonização um enfraquecimento do imperialismo
dos ocidentais. Por outro lado da moeda, a ascensão dos EUA, via uma
oportunidade de produzir obstáculos no crescimento soviético.
2)
Novos Estados
Herdeiros do sistema
colonial, não conseguiram levar adiante a recém independência, pois quando os
europeus deixaram as colônias, deixaram todos os aparatos administrativos, e
com isso, os africanos não sabiam como a maquina funcionava, os africanos nunca
exerceram cargos de chefia ou de administração. Isso motivou a guerra civil, de
um lado um entende que deve ser levado à administração do país por um modelo, e
outros grupos acham que se deve administrar por outro modelo. Outro grande
problema foi à carência de quadros técnicos, industriais, capital e mercado.
Não havia nenhum técnico nativo, não tinha uma industria ou um mercado de
competição, os africanos ficaram totalmente perdidos. O inicio de sua
independência dentro de um quadro de profunda dependência econômica, tendo como
única saída negociar com duas superpotências da época EUA e URSS, para obterem
dinheiro. Com isso, os novos governos africanos ficam num estagio de
subdesenvolvimento econômico e social. Acompanhado a isso, uma fragmentação
política territorial, pois os europeus acabaram com as tribos, etnias e
territórios locais existem na África. Houve uma escassez de tecnologia, falta
de capital para incrementar o mercado interno. Outro problema era as
rivalidades entre etnias africanas, fato antiguíssimo na cultura africana, por
ultimo, o problema de noção de sistema de governo, pois a democracia nos paises
africanos, não foi à solução, o modelo democrático não resultou ser uma forma
eficiente de ajustar os paises recém libertos das colônias.
2.1) Desafios iniciais :
-Havia a necessidade de assimilar
um modelo, copiando um ou outro modelo existente
na época.
-
Implementação de política de fomento para
desenvolvimento do país.
-
Havia a necessidade de participar do movimento dos não
alinhados.
-
Apoio das Nações unidas, para estruturar o seu próprio modelo
de Estado que não foi aceito.
2.2)
Empecilhos :
A guerra fria que estava
acontecendo entre os Estados Unidos e a União das Republicas Socialistas
Soviéticas. Os americanos faziam recrutamento, para obtenção de aliados,
assessoraram africanos, treinou, armou, patrocinou guerrilhas e golpes de
Estados e apoiou políticas racistas.
A influencia da URSS:
aproximação de países africanos, buscando recursos contra a influencia norte
americana. Sempre havia muitas dificuldades para acordos internos com os paises
africanos. Com isso acontece:
-
Acirramento de rivalidades
-
Problemas para cooperação continental
-
Processo de guerras civis
-
Subalternados econômicas dos paises africanos.
2.3)
Heranças neocoloniais :
As fronteiras
artificiais dos paises africanos resultantes de acordos ou conflitos. Nunca, e
não existem definições de fronteiras no continente africano, os domínios são
locais. Outra herança do colonialismo foi à falta de mão de obra qualificada
para o trabalho de gestão. Com o fim da guerra fria, os paises africanos
ficaram marginalizados.
3) O pensamento
anticolonial :
Ideologia pré- colonial
– muitos africanos foram para a Europa estudar, acabaram assimilando o conceito
ocidental de igualdade entre os homens, isso foi um tiro no pé do colonizador,
pois os negros que conseguiram ir a Europa estudar, e ao retornar aos seus países
de origem africana e começaram a divulgar esse conceito.
Havia uma ideologia
fabricada sobre o homem africano, afirmava que ele era um sub-homem, ou seja,
sem direito à igualdade, pois não participava da cultura e sim da natureza.
Colaborando com a
ideologia do sub-homem, havia o racismo cientifico, esse pensamento iria buscar
no pensamento lógico e racional a confirmação da raça inferior (quem não era branco
europeu, era inferior). A resistência foi motivada pelo modelo econômico,
cultural, político e o modelo ideológico pelo o racismo. Esse modelo queria
provar a superioridade biológica do branco. Com isso, o racismo que sofre o
oprimido (o negro ou africano), seria a causa ou fruto do racismo contra o
opressor. Encerrando, surgi nas colônias um ressentimento contra o colonizador
europeu.
(1)
Fundamentos:
-
Final dos anos 1970
-
Oposição à idéia de terceiro mundo
-
Efeitos da colonização nas culturas
-
Situação pós-coloniais: Muitas as pessoas do mundo
inteiro vivendo nessa situação
O que é insuficiência de
representação?
Resposta: É a incapacidade de
expor sua própria narrativa.
1a esfera: Surgi uma
intelectualidade que vai estudar a África e oriente e vai revelar todos os
equívocos que fizeram sobre o continente africano, mostrar a realidade que
aconteceu e estar acontecendo na África pós-colonial, esses narradores são
nativos da terra.
1a critica: Eles vão
criticar, ou colocar em cheque a idéia de terceiro mundo, pois o que
caracteriza o país do terceiro mundo é a pobreza.
2a critica: Os efeitos
da colonização nas culturas. Haverá uma analise de como a colonização mudou o
modo de pensar e agir do africano
3a critica: Após a
independência não haveria mais colônia, mas ainda continuariam os africanos
vivendo em seus territórios como colônias. O que estava ocorrendo era uma
situação pós-colonial e isso estava acontecendo em vários lugares no mundo e
não somente na África. No período pós-colonial, a falta de recursos financeiros
de estrutura e aparado administrativo, era uma das características que
acontecia nos países africanos. Isso acontecia porque não havia representação
do povo africano, e em muitos lugares no mundo a onde os povos ou etnias não
tinham representação, esses acontecimentos eram constantes e além do mais, eram
identificados como incapazes de expor sua própria narrativa. Essa
representatividade é em todos os sentidos, como por exemplo, uma
representatividade política, de classe, de cultura e etc.
-
População que se encontra no “não lugar”
-
Substituir a cultura do outro na perspectiva ocidental
-
O caráter de uma intelectualidade que partilha de uma
condição comum: subalternidade; e por isso, tem uma fala legitima.
Comentários da professora:
A subalternidade não
significa um ser inferior e sim uma categoria importante para entender os
assuntos colônias e reclamar seus direitos e sua legitimidade a verdade histórica,
deseja o futuro. Esta população marginal que esta no processo pós-colonial
procura de um lugar, uma direção, pois estão no “não lugar”. Ela estar em
construção, ela necessita e dever procurar um lugar. Elas não são mais as
bestas feras, não são mais colônias, estão em busca de uma representação. Estão
lutando, precisão de alcançar os objetivos que estão em construção. Somente a
pessoa que viveu pode partilhar a condição comum: somente os intelectuais
africanos poderiam buscar uma fala legitima dessa situação.
(2)
Principais questões:
-
Reescrever o Marxismo e o nacionalismo;
-
O pós-colonialismo trata de um discurso que não é
interior maior ou exterior ao discurso ocidental. Discurso que se localiza numa
outra esfera, num outro lugar, é o entre lugar, o INN- BETWEEN, (uma anomalia);
-
Reescrever a historia diferente daquilo que estas nos
arquivos colônias.
Os africanos vão desejar
reescrever o Marxismo e o Nacionalismo, pois são ideologias e discursos
ocidentais, devem ser adaptados e filtrados para a realidade africana.
O discurso pós-colonial não vem
do ocidente e muito menos do discurso tradicional, ele esta em vários assuntos.
É um discurso em construção se desenvolvendo. Por fim, deve-se reescrever a
historia real da África e dos africanos.
-
Explorar as fissuras do discurso colonial para revelar
um discurso novo. Por quanto, a fissura mostra o equivoco ocidental.
-
Reivindicar o campo temático de estudos. A quem
pertence o direito de narrar a própria historia.
É preciso
explorar o discurso colonial, pois, há varias rachaduras, e através disso,
deve-se fazer um novo discurso, pois a existem fissuras, fatos incompletos,
argumentos falsos e equívocos no discurso colonial. E finalizando, tem que se
defendido o direito a narrativa legitima daquele que viveu a como nativo a
transição colonial para a independência.
Explicação do “não lugar”;
Sem direito a representação, sem
voz ativa, sem direito político e econômico, revela uma condição humana no
momento. Reclamam a legitimidade em seu discurso e em suas narrativas.
III) Estudos pós-colônias:
1)
Repudio de todas as narrativas mestras;
2)
A critica do eurocentrismo nelas explicito;
3)
A narrativa mestra seria a da modernidade, tanto na
versão burguesa quanto na versão marxista;
4)
Repudio do orientalismo como redução a uma essência sem
historia, assim como do nacionalismo.
Comentários:
Os intelectuais africanos
criticavam as narrativas mestras, recheadas de rupturas e fissuras. O
eurocentrismo não pode explicar a África. O padrão da narrativa mestra é a
parti da modernidade e burguesia, erro fatal daqueles que falam da África sem
conhecê-la. Repudio ao orientalismo, oriente é uma inversão do ocidente, e um
repudio a um resumo histórico.
5)
Repudio de toda historia funcional
6)
Repudio de qualquer fixação do sujeito do terceiro
mundo e deste como categoria
7)
Asserção da identidade do terceiro mundo.
É repudiado o oriente como berço
do terceiro mundo; Colocam o terceiro mundo numa situação que nunca ira mudar;
Há também uma 2a vertente que gera muitas guerras; Acontecem muitos
conflitos civis; A quem interessa o conflito e a desagregação africana?